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Como Identificar linfócito reativo é essencial para profissionais da saúde, especialmente em contextos de diagnóstico diferencial de infecções virais, condições imunológicas e outras doenças hematológicas. Os linfócitos reativos, também conhecidos como linfócitos atípicos, são uma resposta imunológica a antígenos, como vírus, e sua presença no hemograma é um indicativo importante do estado imunológico do paciente.

Neste artigo, vamos explorar detalhadamente como identificar linfócitos reativos no exame de sangue, suas características morfológicas e sua relevância clínica.

O que são Linfócitos Reativos?

Linfócitos são células brancas do sangue (leucócitos) responsáveis pela defesa do organismo, especialmente contra infecções virais. Quando o corpo enfrenta uma infecção, como por vírus Epstein-Barr (EBV) ou citomegalovírus (CMV), os linfócitos sofrem alterações em resposta à presença de antígenos. Esses linfócitos modificados, conhecidos como linfócitos reativos, desempenham um papel central na resposta imune, aumentando de tamanho e alterando sua morfologia para combater os patógenos. Como identificar linfócito reativo é assunto essencial pois preciso quantificá-los para entender a evolução ou mekhora da patologia envolvida.

Características Morfológicas dos Linfócitos Reativos

Linfócito reativo ou Linfócito atípico

A análise morfológica das células sanguineas no esfregaço de sangue periférico é uma das principais maneiras de identificar linfócitos reativos. Vamos explorar os aspectos que distinguem essas células dos linfócitos normais:

  1. Aumento de Tamanho
    Linfócitos reativos são significativamente maiores que os linfócitos normais. Enquanto o tamanho médio de um linfócito normal varia entre 8 a 12 micrômetros, os linfócitos reativos podem medir de 15 a 30 micrômetros. Essa característica é uma resposta à estimulação antigênica, que força a célula a aumentar de tamanho para desempenhar melhor suas funções.
  2. Citoplasma Abundante e Basofílico
    O citoplasma de um linfócito reativo é mais abundante e muitas vezes se apresenta com uma coloração basofílica (azulada) ao exame microscópico. O aumento do citoplasma reflete a atividade metabólica elevada da célula em resposta à infecção. Além disso, o citoplasma pode se apresentar com bordas irregulares, que se assemelham a uma forma ameboide, sugerindo uma maior flexibilidade da célula.
  3. Núcleo Excentrado e Irregular
    O núcleo de um linfócito reativo costuma ser excêntrico, ou seja, deslocado do centro da célula. A forma do núcleo pode variar, sendo muitas vezes oval ou ligeiramente irregular. A cromatina do núcleo tende a ser menos condensada do que nos linfócitos normais, sugerindo maior atividade de transcrição gênica.
  4. Presença de Vacúolos
    Em alguns linfócitos reativos, é possível observar vacúolos no citoplasma, que são estruturas envolvidas no transporte de substâncias intracelulares. A presença de vacúolos indica um aumento da atividade celular, característico de células envolvidas em uma resposta imune ativa.
  5. Aparência Amebóide
    Uma característica distintiva dos linfócitos reativos é sua capacidade de se moldar ao espaço entre outras células. Essa forma irregular, ou ameboide, permite que eles “abraçem” as hemácias e outras células no esfregaço de sangue periférico, uma característica importante na identificação dessas células.

Como identificar Linfócito Reativo e Infecções Virais

A presença de linfócitos reativos está fortemente associada a infecções virais. Os vírus mais comumente relacionados a altos níveis de linfócitos reativos são o vírus Epstein-Barr (EBV) e o citomegalovírus (CMV), ambos responsáveis por infecções que podem se manifestar com sintomas de febre, fadiga e aumento dos linfonodos.

  • Mononucleose Infecciosa: A mononucleose, também chamada de “doença do beijo”, é classicamente causada pelo EBV. Os linfócitos reativos são encontrados em grande número no hemograma de pacientes com essa infecção, muitas vezes correspondendo a mais de 10% do total de leucócitos.
  • Citomegalovírus (CMV): Outra infecção viral que causa linfócitos reativos é o CMV, que pode afetar diferentes grupos etários, principalmente pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Além dessas, outras infecções virais, como hepatites virais, rubéola, sarampo, e até mesmo o HIV, também podem levar ao aumento de linfócitos reativos.

Diagnóstico Diferencial: Linfócitos Reativos x Linfoblastos

Uma das maiores confusões ao analisar linfócitos reativos no sangue periférico é a distinção entre eles e os linfoblastos. Enquanto os linfócitos reativos são uma resposta normal a uma infecção, os linfoblastos são células precursoras imaturas, frequentemente associadas a doenças malignas, como a leucemia linfoblástica aguda (LLA).

Os linfoblastos possuem um núcleo maior e mais centralizado, com cromatina muito mais condensada, além de um citoplasma mais escasso. Sua presença é indicativa de uma proliferação anormal, característica de doenças hematológicas graves.

Importância Clínica da Identificação dos Linfócitos Reativos

A correta identificação dos linfócitos reativos tem grande importância no contexto clínico. Sua presença em grandes quantidades pode ser um indicativo forte de uma infecção viral ativa. Além disso, a análise morfológica do esfregaço de sangue periférico ajuda a diferenciar entre condições benignas (como infecções virais autolimitadas) e doenças hematológicas mais graves, como leucemias e linfomas.

Tratamento e Prognóstico

Na maioria dos casos, a presença de linfócitos reativos está relacionada a infecções virais autolimitadas, ou seja, que se resolvem sozinhas com o tempo e sem tratamento específico. No entanto, o tratamento da condição subjacente que causou a reação imunológica pode incluir antivirais, suporte imunológico ou tratamento sintomático, como repouso e hidratação.

Conclusão

Como identificar linfócito reativo é uma habilidade essencial para hematologistas e outros profissionais da saúde. Essas células, com suas características morfológicas únicas, fornecem informações valiosas sobre o estado imunológico do paciente, especialmente em infecções virais. Compreender suas características e saber diferenciá-las de outras células atípicas é fundamental para um diagnóstico adequado e para a orientação do tratamento.


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