Leucemia Infantil

Leucemia infantil Sinais e Sintomas é o tipo de câncer mais comum na infância, representando cerca de 25% de todos os casos de câncer pediátrico. 

Apesar de ser uma condição grave, os avanços nos tratamentos nas últimas décadas aumentaram significativamente as chances de cura. Este artigo aborda as principais características da leucemia infantil, incluindo seus tipos, sintomas, diagnóstico, tratamento e perspectivas futuras.

A leucemia é um câncer que afeta as células sanguíneas, particularmente os glóbulos brancos, que são produzidos na medula óssea. 

Em crianças, a doença é geralmente aguda, progredindo rapidamente se não tratada. A identificação precoce, seguida de intervenções terapêuticas adequadas, é essencial para alcançar o sucesso no tratamento.

Existem dois tipos principais de leucemia que acometem crianças:

  • Leucemia linfoblástica aguda (LLA): Representa cerca de 75% dos casos de leucemia infantil. Afeta os linfoblastos, precursores dos linfócitos.
  • Leucemia mieloide aguda (LMA): É menos comum em crianças, mas pode ser mais agressiva. Afeta os precursores dos glóbulos brancos mieloides.

Causas e Fatores de Risco

As causas exatas da leucemia infantil ainda não são completamente compreendidas. No entanto, sabe-se que a doença é resultado de mutações genéticas nas células-tronco da medula óssea, que levam à produção descontrolada de células anormais.

Alguns fatores de risco identificados incluem:

  • Histórico genético: Crianças com síndromes genéticas, como a Síndrome de Down, apresentam maior risco.
  • Exposição à radiação ou substâncias químicas: Exposições durante a gestação ou na infância podem aumentar o risco.
  • Histórico familiar: Embora raro, casos de leucemia na família podem estar associados.

 Leucemia Infantil Sinais e Sintomas

Os sintomas da leucemia podem ser variados e muitas vezes confundidos com infecções comuns na infância. Alguns sinais de alerta incluem:

  • Cansaço excessivo: Devido à anemia causada pela redução de glóbulos vermelhos.
  • Febre persistente e infecções recorrentes: Resultados de glóbulos brancos anormais incapazes de combater infecções.
  • Sangramentos e hematomas: Devido à baixa contagem de plaquetas.
  • Dores ósseas e articulares: Por infiltração de células leucêmicas na medula óssea.
  • Inchaço abdominal: Causado pelo aumento do baço ou fígado.
  • Gânglios linfáticos inchados: Especialmente no pescoço, axilas ou virilha.

Diagnóstico da Leucemia Infantil

O diagnóstico da leucemia infantil envolve várias etapas:

  • Histórico médico e exame físico: O médico avalia sintomas, histórico familiar e sinais clínicos, como palidez e gânglios inchados.
  • Hemograma completo: A análise inicial geralmente revela alterações, como anemia, trombocitopenia e leucocitose com presença de blastos (células jovens).
  • Mielograma: Exame da medula óssea que confirma o diagnóstico ao identificar células leucêmicas.
  • Citogenética e análise molecular: Avaliam alterações genéticas específicas, auxiliando no prognóstico e na escolha do tratamento.

Hemograma completo:

hemograma completo
  • Anemia:
    • Normocítica normocrômica na maioria dos casos.
    • Varia de leve a severa.
  • Leucocitose, leucopenia ou leucócitos normais:
    • Podem ocorrer níveis elevados, reduzidos ou normais de leucócitos.
    • Presença de blastos no sangue periférico em alguns casos.
  • Trombocitopenia:
    • Redução significativa das plaquetas (<100.000/mm³ é comum).

Blastos no sangue periférico:

  • Geralmente linfoblastos (LLA) ou mieloblastos (LMA).
  • Pode ser observado em esfregaço de sangue periférico.

Testes de coagulação (casos de LMA):

  • Coagulopatia de consumo em leucemias promielocíticas (LMA M3).
  • Tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) prolongados.

Bioquímica sanguínea:

  • Ácido úrico elevado:
    • Indicativo de síndrome de lise tumoral ou alta renovação celular.
  • LDH (lactato desidrogenase):
    • Níveis elevados devido à rápida proliferação celular.
  • Hiperfosfatemia e hipocalcemia:
    • Associadas à lise tumoral.

Imunofenotipagem (por citometria de fluxo):

  • Identifica o subtipo de leucemia (linfoblástica ou mieloide).
  • Determina os marcadores específicos das células malignas.

Biópsia ou aspirado de medula óssea:

  • Infiltração medular por blastos (>20% na medula óssea).

Exames genéticos e moleculares:

  • Alterações cromossômicas:
    • Translocações, deleções ou duplicações (ex.: t(12;21) na LLA).
  • Alterações em genes específicos:
    • Como mutações em FLT3 ou NPM1 (LMA).

Outras características:

  • Eosinofilia ou basofilia:
    • Mais comuns em leucemias mieloides.
  • Hipercelularidade medular:
    • Confirmação no aspirado de medula.

Tratamento da Leucemia Infantil Sinais e Sintomas

O tratamento depende do tipo de leucemia infantil, do estágio da doença e das condições gerais da criança. A terapia é intensiva e envolve múltiplas fases:

Quimioterapia

Principal forma de tratamento. É administrada em ciclos e consiste em:

  • Indução: Eliminar as células leucêmicas e induzir a remissão.
  • Consolidação: Prevenir o retorno da doença com terapias mais intensivas.
  • Manutenção: Evitar recaídas com doses menores de quimioterápicos.

Radioterapia

Usada em casos específicos, como na leucemia que acomete o sistema nervoso central (SNC).

Transplante de medula óssea

Indicado em casos de leucemia de alto risco ou quando outros tratamentos falham. O transplante substitui a medula óssea doente por células saudáveis de um doador compatível.

Terapias-alvo e imunoterapia

Tratamentos modernos que utilizam anticorpos ou modificações genéticas para destruir células leucêmicas, como o CAR-T Cell.

Prognóstico e Taxas de Cura da leucemia em crianças

Com os avanços na medicina, as taxas de cura da leucemia infantil, especialmente da LLA, ultrapassam 85% em muitos casos. No entanto, o prognóstico depende de vários fatores, como:

  • Idade no diagnóstico (melhores resultados entre 1 e 9 anos).
  • Subtipos genéticos das células leucêmicas.
  • Resposta inicial ao tratamento.

Desafios e Efeitos Colaterais

O tratamento é agressivo e pode gerar efeitos colaterais significativos, como:

  • Náuseas, vômitos e perda de apetite.
  • Fraqueza e fadiga.
  • Infecções frequentes devido à imunossupressão.

Além disso, a jornada pode ser emocionalmente desafiadora para as famílias, exigindo suporte psicológico e social contínuo.

Conclusão

A leucemia infantil sinais e sintomas, embora assustadora, é uma doença que tem visto progressos notáveis no tratamento e na sobrevivência. A detecção precoce, avanços na quimioterapia e terapias inovadoras têm transformado o panorama dessa doença.

O apoio integral à criança e à família é essencial, tanto no aspecto médico quanto no emocional. 

Investimentos em pesquisa e conscientização continuam sendo fundamentais para alcançar ainda mais avanços no combate à leucemia infantil.

Quer saber mais?
Assista a aula completa de Leucemia Infantil Sinais e Sintomas

Abraços,

Até mais

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